No amplo grupo dos leitores de textos acadêmicos temos colegas, banca examinadora, pareceristas de revistas e, claro, orientadores. Vamos aos seis elementos!
O texto deve começar com um panorama do(s) campo(s) de estudo relacionado(s) ao seu tema estudo, para que o leitor entenda em que contexto teórico, social, econômico e/ou político sua pesquisa está inserida. Situe o tema para delinear o cenário de desenvolvimento do estudo.
O segundo elemento é a lacuna que a pesquisa pretende solucionar. Esse tópico é conhecido como problema de pesquisa e orienta a investigação.
Esse tópico está muito conectado ao anterior e às vezes vem até no mesmo parágrafo: objetivo de pesquisa. Monografias, dissertações e teses são estruturadas com um objetivo geral que se desdobra em dois a quatro específicos. Em alguns artigos, é possível trazer apenas um objetivo geral.
Ao apresentar a hipótese ou argumento central do estudo, você oferece ao leitor uma resposta resumida para seu problema de pesquisa. Em artigos, esse elemento nem sempre aparece, mas é importante que você tenha clareza do que é a sua tese para testá-la ao longo da pesquisa e verificar se ela se confirma e em quais condições isso acontece.
O penúltimo elemento é a metodologia, que pode ser apresentada brevemente se houver uma seção ou capítulo dedicado inteiramente a ela. Caso você mencione a metodologia apenas na introdução, descreva detalhadamente como você conduziu o estudo.
Por fim, você pode descrever como o texto está organizado para orientar o leitor a repeito do seu percurso argumentativo. É um elemento fundamental em textos mais extensos, como dissertação e tese. Já em artigos, caso o periódico não exija esse elemento na introdução, você pode escolher escrevê-lo ou não. A meu ver, o esquema de trabalho é um ótimo recurso para verificar a coerência e sequência lógica das ideias para autores e leitores.
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